sexta-feira, 14 de setembro de 2012

DES COMPOSTURA


Talvez poucas coisas me irritem mais nessa vida do que compostura em demasia.

 Meu Deus me controlo com todas as minhas forças para me manter serena diante de tanta compostura, de tanta gente metricamente adaptada dentro dos moldes exigidos!

 Não, de forma alguma estou levantando aqui a bandeira do tudo de qualquer jeito a qualquer hora, nem muito menos da beleza da indiscrição, do excesso e do desgoverno, apenas talvez precisasse ver no cotidiano do dia a dia um pouco mais do "à vontade", ou do "simples assim".

 Maneiras comedidas, atitudes convenientes, respeitáveis, em muitos casos, cansam. Menos frescura, pelo amor de Deus! Mais essência, isso sim, mais essência é o que precisam as pessoas e o mundo.

 Não sou e nunca serei, com toda a certeza, uma dama da sociedade, que sempre se comporta de forma exemplar, com atitudes, gestos que geram comentários e extremo respeito de todos. Para falar a verdade, até admiro pessoas assim, quando estas são naturalmente assim. Mas não me venham com atitudes e gestos forçados e falsos para cima de mim não, que me enoja.

 Guardanapo com leves batidinhas no canto da boca, coluna sempre ereta e maquiagem sempre intacta, sobriedade, moralidade, hombridade, recato e reserva como sinônimo... Não, essa não sou eu.

 Até me comporto bem nos cantos, tenho a conveniência e o bom senso como marca da educação que me foi passada pela minha família, mas a minha compostura é cheia de falhas, de fendas.

 Ah o abraço apertado, o sorriso escancarado, os pés pra cima, os saltos na mão no final de festa, as palmas entusiasmadas quando a atração me emociona... adoro!!!!

 Ok vamos ser moderados, claro, mas na medida exata para sermos FELIZES acima de tudo.

Pronto, falei.