terça-feira, 28 de agosto de 2012

Detalhes que fazem a diferença



O mundo precisa de mais saúde, segurança, boa vontade, delicadeza no agir e no pensar. Mas acredito que tudo começa pela educação! 
 
Ceder o lugar para uma pessoa mais velha, uma gestante ou uma mulher com criança no colo. Sorrir e dar bom dia para o porteiro do prédio, para o caixa do supermercado, para o vizinho de porta. Agradecer, reconhecer, entender o que o outro tentou explicar. Ser atento. Se colocar no lugar do próximo. 

Parece bobo, parece historinha pra boi dormir, mas é verdade. Já experimentou? A vida fica mais leve, com mais cor. A gente se sente melhor dentro da própria roupa, do corpo, do mundo.

Experimente começar o dia cumprimentando seu vizinho. Um “bom dia!” é sempre bem vindo. Sorria para seus amigos de trabalho. Eles são sua segunda família. Agradeça sempre. Um “obrigado!” abre portas. 
 
Tudo isso poderia ser parte de um livro de auto-ajuda, mas é a realidade. 

Pratique e depois me conte se não funcionou!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fim de tarde


Esperava sentada no banco da praça há mais de duas horas. Sabia que ele passaria por ali na volta do trabalho. Quantas vezes ficara ali alegremente para encontrá-lo. Mas desta vez o motivo era outro. 

Haviam rompido há três meses. Um dia qualquer tiveram uma briga, sem grandes razões. Declarou o fim. Apenas para provocar-lhe o desespero e o pedido de desculpas. Mas ao contrário do que esperava, ele simplesmente aceitou. Deu de ombros, virou-lhe as costas e bateu a porta ao sair. Não retornou desde então. 

Chorou dias inteiros abraçada às lembranças, fotos e presentes. Não imaginava ser possível tanta infelicidade. Após um mês de luto fechado decidiu que já era o suficiente. A vida teria que seguir adiante. Jogou todos os vestígios do passado amoroso no lixo, arrumou-se e foi trabalhar.

Ao chegar no escritório, recebeu elogios pelo capricho repentino. Alguns se disseram aliviados que ela também já tivesse superado o fim do relacionamento. "Também" soou como um martelo de tribunal, estava dada definitivamente a sentença. Namorava outra, estava feliz, não sofrera nada. 

Não importava mais. Desejava-lhe o melhor, que fosse feliz. Não era do tipo que guardava rancor. 

Cinco e meia da tarde. Seu coração acelerou quando o viu surgir na esquina. Como estava mudado, bonito, parecia até mais jovem. Sem dúvida estava feliz. Parou surpreso ao vê-la. Com um cumprimento frio e um elogio desinteressado cumpriu a obrigação social. Já estava de costas retomando seu caminho quando ela decidiu que a conversa não havia acabado. 

-Espera! 
-Que foi? 
-Não sentes mais a minha falta? 
-O que?...olha, tenho pressa. Até mais ver... 
-Este tempo todo guardei algo seu comigo.. Algo que fui incapaz de jogar fora. Acho que deveria ficar contigo. 
-O que é? 
-Está na minha bolsa, espera... 

Pôs a mão dentro da bolsa e segurou com firmeza o objeto. Olhou novamente para aquele que tanto amara e por um segundo, amou-o novamente, intensamente. Ergueu a mão em direção ao outro, sem vacilar. 
-Meu deus! Enlouqueces-te! 
-Acredito que esta bala seja sua, não seria justo mantê-la comigo. 
-Não! 
-Formam um perfeito par, e não permitiria que um casamento como este não se realizasse. Adeus, meu querido. Escreva uma carta e conte-me como se ama na próxima encarnação... 
-Ah...!

O barulho do disparo foi tão forte quanto o estalar dentro do peito. Andou até o corpo sem vida e guardou para si aquela expressão de morte. Agora sim o passado seria enterrado. E que gosto estranho e doce sentia entre os lábios. 

Ergueu o olhar e o sol poente cegou-lhe por um instante. Retornou do devaneio. Já passava da hora que ele retornaria do trabalho. Não apareceu. Talvez estivesse doente. 

Levantou e tomou o rumo de casa. A cada passo dado desejava sentir novamente aquele doce sabor. Quantos pequenos assassinatos o sofrer do amor nos leva a cometer mentalmente? Muitos...ah muitos...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O TEMPO DE UMA GRIPE


Hoje,  exatamente hoje, dia 21 de agosto do ano de 2012, não saí para trabalhar, fiquei em casa com a minha filha menor, que também não foi para a escola por causa de uma gripe muito forte.
Bastante estranho eu, em plena segunda feira pela manhã, estar na cama, assistindo desenho animado, sem horário para cumprir, nem compromisso, nem correria!

OK, reconheço que sou meio que viciada nessa situação de pressa e de respiração sempre ofegante que o (pouco) tempo de hoje nos causa, mas hoje foi diferente, totalmente diferente.

Logo cedo, a primeira coisa que Beatriz me perguntou, quando soube que não iria a escola por causa do seu estado, foi se eu não iria trabalhar também. " -Não filha, Mainha hoje não vai trabalhar, vai passar o dia com você."

A partir desse momento, alguma coisa mudou. Beatriz pediu para eu deitar com ela na colcha fofinha, que ela tanto ama, e me chamou para ficar bem juntinha. Eu fiquei. Ela olhou para mim, nós duas deitadas, uma de frente para a outra, ainda de pijama as duas, e falou: "-sabia que você é linda? A mãe mais linda do mundo! Mais linda do universo e que eu amo até 100."

Aquilo entrou de um jeito em mim que, com certeza, não conseguirei explicar. De jeito nenhum!

Meu Deus, que força absurda!

Nesse momento, de pura beleza e verdade, eu comprovo que viver vale muito a pena. Beatriz invadiu a minha alma de mulher e me mostrou o mais puro amor. Ela não pediu presente, ela não exigiu nada, apenas me amou na mais profunda sinceridade. Um amor despretensioso, desinteressado e incondicional.

Eu não fui trabalhar, não corri,  não ganhei dinheiro, não fechei negócios, e tive um dos momentos mais ricos e mágicos da minha vida. Momentos esses que me moldam e me sustentam. Desses momentos me alimento de vida.

Hoje e todos os dias, ganho em loterias! Quanto mais vivo os momentos, mas enriqueço. Quanto menos exijo, mais recebo. Quanto mais sou eu mesma, mais me enxergo nos sentimentos dos outros.

Não fosse a condição física debilitada, agradeceria muito a vida por ter me "presenteado" com essa gripe de Bia, que deixou com que eu vivenciasse tudo isso.

Ter filhos e o amor deles nos prova que estamos vivos e que na luta da vida, somos sempre os vitoriosos.

Só para terminar, ficamos de pijama até a hora do almoço, desenhamos, comemos coisas erradas em horários errados, assistimos tv e fomos absolutamente felizes hoje! Ah, e filha, mainha lhe ama mais que 1.000!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Se eu fosse homem



Se eu fosse homem sem sombra de dúvidas eu seria gay. Não pelo óbvio (que gosto dos homens), mas é que gostar de mulher não é fácil não.

Mulher é chata! É fresca, é complicada, é exagerada, é vingativa, emotiva demais, enrolada demais. Sem contar com a TPM, que em alguns casos eu cogitaria a possibilidade de matar a individua.

Falamos coisas da boca pra fora só para machucar quem nos ouve e depois nos arrependemos. Não sabemos o que queremos, ou até sabemos, mas mudamos de ideia rápido.

Nunca estamos satisfeitas. Ou é com o trabalho, ou com as roupas, com o corpo...

Como somos difíceis!