sexta-feira, 1 de novembro de 2013

De janeiro a janeiro


Eu já estava até aguardando toda essa manifestação de carinho, de afeto, nas redes sociais, renovando desejos, bênçãos nesse processo de passagem de um mês que se vai e outro que está chegando, normal. São tantas imagens e palavras doces, floreadas, coloridas...dá gosto de ver!
Mas quer saber o que eu não acho normal? Eu não acho normal ter que instituir um motivo para renovar a nossa esperança, a nossa fé, ah isso não é normal mesmo!
Todos os dias, indistintamente, são os nossos melhores possíveis dias, é bem claro isso.
Se nós acordamos, conseguimos nos alimentar, temos como nos locomover e nos comunicar, não nos falta absolutamente nada. Posso até imaginar agora algumas pessoas lendo essa afirmação e pensando (ou dizendo em alto e bom som mesmo!): "ela fala isso porque não é com ela!" Não amigos, acreditem, tem muita coisa que é comigo, sim.
A diferença está exatamente na linha tênue e fina da interpretação da vida que nos é presenteada diariamente. Se o que eu comi no café da manhã, de que forma me locomovo, se falta ou sobra companhia para o meu coração e a minha cama são pré-requisitos para me considerar (ou não) uma pessoa feliz, realizada, isso são outros quinhentos.
Felicidade não tem garantia, queridos, nem muito menos regra!
Todos os meses são os nossos melhores e mais possíveis meses de sermos vitoriosos, quer queiramos ou não isso.
A batalha é diária, a luta é permanente.
Rasgo hoje na folhinha não mais um mês que se vai nesse ano, mas um período que me deu chances, momentos e memórias de uma vida que vale muito a pena e que me é dada diariamente, de janeiro a janeiro.
Uso as palavras do gênio Drummont, com a sua Receita de Ano Novo, sugerindo a renovação não em 365 ou 30 dias, mas em 24 horas:
"Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo.
Eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre".
Feliz novo tempo meus amigos!

Por: Katharina Gurgel
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário