sexta-feira, 11 de abril de 2014

TEXTO AOS EGOCÊNTRICOS






Ei, você! Isso, você mesmo. Você que se considera o dono do universo e Rei dos Reis. Não está se reconhecendo não? Não é você que se auto-intitula o mais justo, correto e coerente, e que sempre demonstra um falso entendimento aos comentários e pensamentos alheios? O seu tempo está passando, viu?

Sabe, estou começando a achar que não tenho fôlego para mergulhar nas águas turvas do oceano dos egocêntricos. Para esses, que tem a total certeza de que todos comungam das suas opiniões, suas conclusões, suas "verdades", e não compreendem que fazem parte de uma sociedade, dou-lhes as minhas costas. 

Não lhe tratarei mal, de jeito nenhum, não é do meu feitio tratar mal ninguém, amo o ser humano e possibilidade de ser humano, mas certas atitudes dessa espécie desprezo absolutamente. 

A você que tem a personalidade que considera que tudo gira ao seu redor, indico alguns exercícios práticos que podem, talvez, trazer-lhe um pouco mais de consciência e humildade: tardes das terças no asilo, ajudando auxiliares de enfermagem em seus ofícios; permanecer, no mínimo, três horas por dia sentado num banco de alguma praça da cidade bem movimentada, observando e anotando detalhes dos passantes e dos "moradores" daquele espaço; sábados inteiros em algum cemitério da cidade, de preferência aqueles que mantêm bancos próximos aos túmulos, que costumam sempre ter algum parente sentado, alguém que amava aquela pessoa e que agora só tem a lembrança como companheira. São exercícios simples, baratos, mas que podem trazer ótimos resultados.

O sempre certo no trabalho, o que tem os melhores argumentos, o que precisa ser constantemente elogiado e ter as suas ações atendidas sempre com aprovação de todos, o mais justo, o mais competente, o que tem no padrão de aceitação a sua moeda e que só dá importância às suas vontades, pensamentos e necessidades (priorizando-se de uma forma cega), o que fica mal com o sucesso alheio, a minha pena e nada mais.

"Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons."
Sigmund Freud

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