quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O TEMPO DE UMA GRIPE


Hoje,  exatamente hoje, dia 21 de agosto do ano de 2012, não saí para trabalhar, fiquei em casa com a minha filha menor, que também não foi para a escola por causa de uma gripe muito forte.
Bastante estranho eu, em plena segunda feira pela manhã, estar na cama, assistindo desenho animado, sem horário para cumprir, nem compromisso, nem correria!

OK, reconheço que sou meio que viciada nessa situação de pressa e de respiração sempre ofegante que o (pouco) tempo de hoje nos causa, mas hoje foi diferente, totalmente diferente.

Logo cedo, a primeira coisa que Beatriz me perguntou, quando soube que não iria a escola por causa do seu estado, foi se eu não iria trabalhar também. " -Não filha, Mainha hoje não vai trabalhar, vai passar o dia com você."

A partir desse momento, alguma coisa mudou. Beatriz pediu para eu deitar com ela na colcha fofinha, que ela tanto ama, e me chamou para ficar bem juntinha. Eu fiquei. Ela olhou para mim, nós duas deitadas, uma de frente para a outra, ainda de pijama as duas, e falou: "-sabia que você é linda? A mãe mais linda do mundo! Mais linda do universo e que eu amo até 100."

Aquilo entrou de um jeito em mim que, com certeza, não conseguirei explicar. De jeito nenhum!

Meu Deus, que força absurda!

Nesse momento, de pura beleza e verdade, eu comprovo que viver vale muito a pena. Beatriz invadiu a minha alma de mulher e me mostrou o mais puro amor. Ela não pediu presente, ela não exigiu nada, apenas me amou na mais profunda sinceridade. Um amor despretensioso, desinteressado e incondicional.

Eu não fui trabalhar, não corri,  não ganhei dinheiro, não fechei negócios, e tive um dos momentos mais ricos e mágicos da minha vida. Momentos esses que me moldam e me sustentam. Desses momentos me alimento de vida.

Hoje e todos os dias, ganho em loterias! Quanto mais vivo os momentos, mas enriqueço. Quanto menos exijo, mais recebo. Quanto mais sou eu mesma, mais me enxergo nos sentimentos dos outros.

Não fosse a condição física debilitada, agradeceria muito a vida por ter me "presenteado" com essa gripe de Bia, que deixou com que eu vivenciasse tudo isso.

Ter filhos e o amor deles nos prova que estamos vivos e que na luta da vida, somos sempre os vitoriosos.

Só para terminar, ficamos de pijama até a hora do almoço, desenhamos, comemos coisas erradas em horários errados, assistimos tv e fomos absolutamente felizes hoje! Ah, e filha, mainha lhe ama mais que 1.000!

2 comentários:

  1. Que lindo! Vi o amor das duas nessa tela, em cada palavra... Emocionei.

    Iuska

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  2. Maravilhosa sensação de ser mãe que cura qualquer mal! =]

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